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Quanto o contexto importa:. análise do turnover ministerial na Argentina e no Brasil após a redemocratização

Autor: Renato Perissinotto, Adriano Codato e Mariana Gené
Resumo: Este artigo testa duas hipóteses sobre sobrevivência ministerial em dois tipos de regimes presidenciais, o presidencialismo de coalizão (Brasil) e o de partido único (Argentina). Primeiro, supõe-se que ministros no Brasil teriam tempo de vida no cargo menor que na Argentina pela necessidade de acomodar demandas da coalizão partidária. Em seguida, sugere-se que as razões de saída de ministros seriam diferentes justamente porque as lógicas de nomeação são distintas nos dois presidencialismos. A primeira hipótese é avaliada por meio dos testes de sobrevivência Kaplan-Meier. A segunda hipótese é analisada por meio da identificação das razões de saída dos ministros em fontes primárias. A literatura enfatiza que arranjos institucionais afetam o tempo de permanência dos ministros nos seus cargos e as razões pelas quais são demitidos, mas concluímos que somente a inclusão dos contextos políticos e econômicos de cada período presidencial nos ajuda a entender plenamente a dinâmica da sobrevivência ministerial em cada país.
Periódico: Rev. Bras. Ci. Soc.